Mapeamento aponta os principais ramos e nomes do mercado e as vantagens que já agregam ao setor e ao consumidor
Por Diogo Sponchiato 26 ago 2019, 10h01
A constante transformação na maneira de cultivar, produzir, transportar e escolher o que vamos comer é cada vez mais pautada por tecnologia, num processo em que as startups exercem um protagonismo crescente. Pois, atenta a esse cenário, a aceleradora Liga Ventures fez um levantamento inédito sobre esse segmento no país.
No Liga Insights Food Techs, após filtrar mais de 12 mil companhias brasileiras, eles chegaram a 332 startups voltadas à alimentação, divididas em 16 áreas de atuação — de delivery a desenvolvimento de novos produtos, passando por conexão entre produtor local e consumidor e controle de desperdícios. São soluções diversas para atender desde quem trabalha com a venda e a logística de alimentos até quem procura seguir uma dieta mais natural e saudável.
O campo é promissor: segundo o relatório da Liga, a projeção é que o mercado de food techs deva chegar a um valor global de 980 bilhões de reais em 2022.
Exemplos de startups brasileiras contempladas no Liga Insights
Comida em casa e no trabalho: são empresas que fornecem soluções para disponibilizar serviços e produtos na comodidade do lar ou do emprego. Um exemplo é a startup Eats for You, que conecta pessoas que curtem cozinhar com gente que aprecia comida caseira e feita na hora.
Da fazenda para a sua cozinha: é o conceito farm-to-table. A ideia é ligar produtores locais a consumidores em busca de comida fresca e cultivada de modo familiar. É o caso da Raizs. A startup traz o lema “de família para família” e vende produtos de forma avulsa ou via assinatura de cestas.
Informação e orientação: entram aqui companhias por trás de plataformas com recomendações nutricionais, além de instruções em caso de restrição alimentar — como a Ilergic. O aplicativo traz orientações específicas para pessoas com alergia, intolerância ou outra restrição.
Novos alimentos e bebidas: são startups que desenvolvem produtos inovadores buscando atender a desejos, hábitos e necessidades da população. Exemplo: A Tal da Castanha. A empresa usa um ingrediente brasileiro, a castanha de caju, como base de snacks e bebidas prontas.
Reaproveitamento de recursos: é o campo voltado a gerenciar resíduos e descartes e evitar desperdícios de alimentos — algo comum na cadeia produtiva. A Desperdício Zero é um dos representantes. Ela oferece ao consumidor produtos próximos da validade mas em bom estado até 75% mais baratos.
Tecnologia alimentar: são empresas que, amparadas em pesquisa e biotecnologia, criam novas formas de cultivar, aproveitar ou fabricar comida. Caso da Gran Moar, que transforma o bagaço de malte descartado na produção de cerveja em uma farinha nutritiva e funcional.
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